sábado, setembro 27, 2014

Trip Around The Europe

Estive numa trip pela Europa há pouco tempo (...) e voltei com uma bagagem gigante comigo que não ocupava espaço: conhecimento.
Acho justo compartilhar de alguma forma, e escolhi a informal e despretensiosa, que foi como tudo isso começou...

Há 2 anos atrás eu escolhi sair do meu emprego, que me dava um retorno financeiro satisfatório, para estudar. Eu não sabia o que ia fazer dali 2 meses, mas eu tinha dinheiro o suficiente pra fazer todos os cursos que eu queria e esperar algo interessante aparecer. Sentia falta de conhecimento e decidi dar uma oportunidade para que algo interessante acontecesse.
Naquela época nada me instigava a minha volta, eu queria mudar alguma coisa pra melhor, queria influenciar, queria fazer parte do crescimento de algo. Sem se importar de onde eu teria que partir. 
Em exatos 3 meses eu recebi uma proposta para vir morar no Rio de Janeiro, onde eu sabia que a cena de coquetelaria ainda era escassa, que havia muito a se fazer, principalmente em relação a atendimento e hospitalidade. Aceitei a proposta e me mudei pra cá, sozinha e sem conhecer a cidade.
Não se deve ter medo de mudar quando você tem planos, quando você enxerga que há algo a se fazer, que você pode fazer parte do nascimento de algo positivo. Absolutamente, não se deve ter medo quando você tem plena certeza de que você ama o que faz.
Há alguns meses, senti que o trabalho que eu assumi no bar quando vim para o  Rio havia acabado, que aquela fase havia sido concluída, que eu devia caminhar e que eu tinha algo diferente a fazer. Então, coloquei em ação um projeto antigo: uma escola de bar.
Para concretizar o projeto, eu precisava finalizar o material didático, ter segurança quanto ao que eu estava me propondo a passar. E eu sabia que jamais poderia ensinar sobre algo, sem ter conhecimento sobre visões diferentes, culturas diferentes, sem saber o que acontece no mundo hoje relacionado a coquetelaria.  Somado a isso eu queria buscar novas inspirações, entender a influencia que as coisas ao redor causam na gente, as limitações... e pensar fora da caixa, sozinha.
Foi então que decidi fazer uma viagem etílica de 45 dias.

Mãe, eu só fui visitar a Torre Eiffel!




Boca de Ouro- Epice - Barê - Side




STOP 1: São Paulo


Passei por SP primeiro, que é a maior referência de coquetelaria hoje no Brasil. Revi alguns amigos, visitei alguns bares. Busquei o que havia de novidade, algo que representasse a cena atual e que seria o meu ponto de referência na conclusão, lá no final da viagem.






 

 

 

 

 STOP 2: Paris


Passei um dia em Paris com um amigo, antes de irmos para Bordeaux conhecer o Le Logis da Grey Goose. Tínhamos uma noite para que ele pudesse ir no maior número de bares possível. Fomos a 7 bares! 
10 Rue Frochot  75009 - Paris


 A primeira parada foi o Dirty Dick, no Pigalle, que é o primeiro (e ainda único) Tiki Bar em Paris. Lá conheci pessoalmente o Scotty Schuder, que mostrou pra gente todo o espaço. Antes do Tiki Bar, ali era um "bar à hôtesses", uma espécie de cabaré com o mesmo nome, por isso ele quis manter o nome para preservar a história do local (imagina só o tipo de local com esse nome...rs). Havia um quarto secreto no fundo que ele transformou numa sala para charutos. O espaço têm uma decoração incrível que conta com   pele de cobra, parede revestida de casca de coco e um cômodo escondido no teto que eles descobriram mais tarde, espaço que eles usam hoje para armazenar barris. O bar possui mais de 50 rótulos diferentes de Rum e uma carta de coquetéis que homenageiam desde os clássicos Tiki até o México, Flórida e o Brasil com o BA- TIKI - DA. Com preços super acessíveis (entre 6 e 15€), todos os sucos e xaropes do menu são caseiros. Foi um dos bares mais interessantes da viagem! Rolou até um shot de Rum overproof... 





Candelaria - 52 Rue Saintonge 75003
Le Mary Celeste - 1 Rue Commines 75003
O segundo bar foi o Candelaria, um Speakeasy escondido no fundo de uma loja de Tacos estreita e sempre cheia, não sei se é pelo preço, qualidade ou escassez. Foi uma das poucas lojas de tacos que eu vi em Paris (muito bons, a propósito). Você pode ver o bar através das janelas de vidro que dão para a outra rua, mas continua difícil descobrir a entrada.  Lá foi evidente uma coisa que notei em todos os bares que estive na Europa: todo o Staff é preparado para fazer tudo - coquetéis, atendimento, recepção e até pratos rápidos na cozinha. É comum rolar um revezamento. Achei bem bacana.
Todos foram super simpáticos, até se ofereceram para me apresentar a cidade durante o dia :)
Os coquetéis ficam entre 12 e 14, preço comum do local. A parte boa é que você pode pedir Nachos no balcão e tem mais de uma opção vegetariana ;)
Ah, rolou um shot de Monkey Shoulders...

Depois disso passamos rápido no Le Mary Celeste, que é do mesmo grupo do Candelaria. É um bar de esquina bem charmoso, com uma estação de tapas dentro do bar. Estava lotado e a equipe trabalhava super em harmonia. A coquetelaria é enxuta e eles executam muito bem. O que chamou a atenção foram duas meninas mega estilosas no bar, trabalhando lindamente (sério, elas tinham um ritmo de trabalho bizarro: harmonioso e bonito)  ;)


Continua...









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